terça-feira, 3 de abril de 2012

Fim do mundo

Segundo a intepretação mais popular da profecia maia, nosso mundo está com os dias contados. No dia 21 de dezembro deste ano terá fim o "mundo como o conhecemos". Já houve quem mudasse a interpretação e afirmasse que o referido calendário não passa de uma referência dos maias para a agricultura, que nada tem a ver com o apocalipse. Enfim, de qualquer forma o assunto está em alta, principalmente depois das projeções de um prefeito da região.

Para os cristãos, fica a informação: pelos relatos bíblicos, o fim dos tempos está longe de acontecer. Não lembro dos detalhes, mas em uma conversa com uma autoridade eclesiástica fiquei sabendo que temos pelo menos mais uns mil anos, já que muitos fatos que antecederão o apocalipse ainda não aconteceram. Não estou pregando, cada um absorve e interpeta a informação como lhe for conveniente.

Mas voltando à profecia maia, perceberam um pequeno detalhe? Ela diz que será o fim do mundo como o conhecemos. Ou seja, não é o fim do mundo literalmente, mas um acontecimento que mudará completamente a nossa vida nele. Não sou um profeta e não quero ser visto como tal, mas tenho uma teoria sobre o que pode acontecer conosco em dezembro. Na verdade, pode acontecer agora, daqui a 10, 100 ou 1.000 anos.

Este ano tivemos pelo menos dois episódios de tempestades solares, que devem se repetir até 2013, pico do atual ciclo de atividade do Sol. Como a mídia já noticiou, estas tempestades podem interferir nas comunicações via satélite, nos GPS's, nas comunicações via radiofrequência, etc. Em alguma erupção mais considerável, poderiam inclusive danificar todo o sistema de distribuição de energia elétrica de países inteiros. É algo remoto, mas não impossível. Se isso viesse a ocorrer, como seria a sua vida sem TV, rádio, internet, geladeira e ar condicionado? E como funcionaram as empresas? Nada de elevadores, caixas-eletrônicos, supermercados, postos de combustível, semáforos, aeroportos... Como seria a nossa vida sem energia elétrica?

Nas primeiras horas, talvez, não fugiria tanto da normalidade, mas com o passar dos dias o mundo entraria em colapso. Saques e outros crimes tomariam conta das ruas, pois não teríamos meios legais e honestos para nos abastecer de mantimentos. Milhares de pessoas morreriam de frio e calor em várias partes do mundo, pois não teriam aquecimento ou ar condicionado.

Parece absurdo, não? Acontece que se de fato uma tempestade solar desta magnitude atingisse a Terra em cheio, levaríamos décadas para reestabelecer a produção e a distribuição de energia. Isso em condições normais, imagine se a anarquia tomasse conta. Pelo menos uma notícia boa: o Brasil, por estar na região dos trópicos, está praticamente blindado contra tempestades solares. Elas atingem principalmente as regiões próximas aos pólos, por isso tivemos lindas imagens de auroras boreais desde o início do ano. Que bom, não?

Em partes. Se o Brasil e outros países "imunes" a estes desastres escapassem ilesos de uma mega atividade solar, certamente as nações mais desenvolvidas da América do Norte, Ásia e Europa invadiriam estes atrás de energia elétrica, alimentos e abrigo. Seria a 3ª Guerra Mundial, que reestabeleceria a ordem no mundo, mas com outros no poder. Estes países, como o Brasil, perderiam sua soberania para atender às necessidades dos invasores. Mesmo supondo que abríssemos nossas fronteiras amigavelmente, a consequente superpopulação geraria muitos problemas.

Então, se uma grande tempestade solar atingir a Terra, não será o fim do mundo como o conhecemos? Isso já aconteceu em outros momentos, mas não éramos tão dependentes da energia elétrica e, principalmente, das telecomunicações. Se o mundo tiver sua realidade alterada em dezembro, os poucos que não sentirão nada serão os índios e os amish, entre outros.

Para finalizar, como já citei, é muito remota a possibilidade de isso acontecer mesmo. Deve ser a mesma probabilidade de um grande asteróide nos atingir ou as placas tectônicas se desestabilizarem, como no filme "2012". Não sei se já estão projetando algo neste sentido (se estiverem, só vamos saber depois que aplicarem), mas há a possibilidade de termos um sistema de previsão das tempestades solares. Quando ocorrer uma atividade com potencial de danos, basta desligar a geração e distribuição de energia da região a ser atingida. É como desligar nossos eletro-eletrônicos em casa quando há raios e depois religá-los.

Mas cá entre nós: quem, além de Deus, sabe quando será o nosso fim? Seria muita pretensão nossa. Então fiquem tranquilos, as obras inacabadas da Copa terão que ser tocadas em 2013 e 2014 também, não vão ter desculpa.

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